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Sophie Germain

Matemática francesa nascida em Paris, a primeira mulher que, não sendo a esposa de um membro, podia participar das conferências da Académie des Sciences de Paris.

Filha de um comerciante bem sucedido, adquiriu o gosto pela matemática ainda criança e, por ser mulher, teve que ser autodidata, mas contou com o incentivo do pai. Dedicou-se inicialmente a estudar os trabalhos de Leonhard Euler (1707-1783) e Isaac Newton (1643-1727). Tinha 18 anos quando foi aberta a École Polytechnique de Paris (1794), um centro de excelência para a formação de matemáticos e cientistas reservado exclusivamente para homens.

Para poder entrar na academia, assumiu clandestinamente a identidade do Monsieur Antoine-August Le Blanc, quando este deixou Paris e sem que o mesmo soubesse, e passou a colaborar continuamente com suas respostas aos problemas, como se fosse Le Blanc. O supervisor do curso, Joseph-Louis Lagrange (1736-1813), surpreso com a repentina e extraordinária subida de qualidade do antes medíocre aluno, solicitou-lhe um encontro e, assim, ela foi descoberta.

No entanto Lagrange tornou-se seu mentor e amigo e, finalmente, ela teve um professor de alto nível para orientá-la em sua atividades. Embora já tivesse uma certa reputação em Paris, por ser mulher ainda continuou empregando seu pseudônimo sempre que lhe convinha, principalmente quando tratava de corresponder-se com outros matemático de renome de outros países.

Depois dos 30 anos de idade, mudou seus interesses para a física, disciplina na qual também foi brilhante, por exemplo, dando importantes contribuições para a moderna teoria da elasticidade, apesar de continuar sofrendo dos mesmos preconceitos antifeministas. Seus estudos para estabelecer a teoria da elasticidade dos metais foram fundamentais para a construção da Torre Eiffel, mas por preconceito seu nome foi omitido da relação dos sábios cujas pesquisas contribuíram definitivamente para a construção do famigerado e notável monumento.

A convite do amigo e admirador Carl Gauss (1777-1855), iria receber o grau honorário da Universidade de Göttingen, mas antes que a universidade lhe tivesse concedido a honraria, morreu de câncer no seio, em Paris. Nunca se casou, e sendo uma das mulheres mais crânio de todos os tempos, teve a notícia oficial de sua morte publicada como uma rentière-annuitant, ou seja, solteira sem profissão. Como resultado de suas pesquisas com os números primos e seu trabalho com o Último Teorema de Fermat, recebeu uma medalha do Instituto de França.

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